terça-feira, 29 de junho de 2010

O indivíduo frente a ética nacional

Bem, muito tempo sem escrever aqui. Diante algumas coisas que vi por aí, um papo com alguns colegas, decidi rever meu antigo plano, e jogar minhas idéias aqui, para ver se dá polêmica, ou no mínimo algumas concordâncias.
Vou recomeçar por um tema maneiro que tive de dissertar no ENEM de 2009, que por coincidência já mudou minha vida 2 vezes.
O tema gira em torno de "O indivíduo frente à ética nacional". O tema foi abordado inclusive pela perspectiva do "eles são todos corruptos", bem como proposto com os conceitos de espaço comum. por isso escrevi, na integra, o seguinte texto...


Os altos índices de corrupção presenciados no Brasil acarretam no grande descrédito por meio da população acerca da existência de ética no cenário político. Com isso é perceptível a ausência de participação popular nesse meio, seguidas das justificativas muito presente em várias camadas sociais, que se resumem em um velho brocardo: “é tudo ladrão”.
Não obstante a imagem politiqueira que é passada dos agentes políticos brasileiros, percebe-se que os baixos níveis de educação e conscientização da população são causa e manutenção da falta de ética. Esses fatores, como ausência de participação e de consciência política, resultaram em um processo histórico onde as mudanças paradigmáticas do Estado brasileiro sempre ocorressem a partir dos líderes para o restante dos cidadãos, os resultados foram reformas sem legitimidade.
Com base nessa síntese levantada, entre a falta de ética e a inércia da população brasileira diante o problema, a solução pode ser buscada nos pensadores que esforçam em teorizar as problemáticas da sociedade. Axel Honneth aponta que o sentimento de restrições de direitos e a vexação, resultantes dessa crise ética acarretam em pequenas e grandes revoluções sociais, assim, cada indivíduo seria mais participativo nas decisões da sociedade e inserido nos discursos democráticos. Nesse cenário, fundamenta Habermas ser possível dizer que, com educação e participação dos envolvidos nos discursos políticos, a democracia se concretizará, impossibilitando aberrações como a corrupção nos moldes e quantidade dos dias de hoje.
A ética, portanto, só é possível com os ideais da moral pós-convencional e filtradas pelos Direitos Humanos, sendo imprescindível a participação absoluta de todos.